Quer mudar a saúde?

Medite sobre o seguinte: inovação só acontece se o ambiente inspira confiança; ou seja, se as relações entre os participantes são de “soma positiva”- relações “não zero”, como se diz. O pré requisito é um ambiente assim. Só assim há aumento de produtividade (sinônimo de inovação; ver post “João/José“).

Líderes são arquitetos de ambientes “não zero”. Tecnologia apenas nunca resolve. Ela habilita, mas não é um “primitivo” (um fundamento) porque não constrói confiança em ambientes em que ela não exista. Telemedicina e outras maravilhas adiantarão pouco mantidas as relações predatórias atuais.

Abandonemos noções infantis – “é preciso mudar as pessoas” ou “vamos criar um órgão governamental que faça alguma coisa“. Burocratas da União Soviética achavam que os EUA tinham um “ministério da inovação” secreto, dada a energia empreendedora do país. Não entenderam nada. Coisas boas acontecem quando há “trust”, não “truque”. Inovação surge espontaneamente se o ambiente é “não zero”- é uma propriedade emergente de relações de confiança. Ambientes “soma zero” podem mudar para “não zero”? Sim, mas não tentando mudar as pessoas porque isso é inútil – bom para pregadores religiosos, não para gestores. O “primitivo” que muda a saúde é “valor para o usuário”. Tudo o que deu certo até hoje partiu disso.