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A empresa moderna é resultado de mutações de formas ancestrais de organização

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Empresas surgiram porque ficou evidente que eram o melhor jeito para se obter mais com menos, algo que os humanos adoram.

Antropólogos ensinam que povos que caçam animais grandes têm relações sociais complexas – muita gente (muitas especializações) têm de colaborar para abater uma girafa. Se não há animais grandes, ocorre o isolamento, e isolamento é sempre sinônimo de pobreza.

É assim com os Shoshones, um povo que sobrevive (em bandos de famílias isoladas) remexendo o chão em busca de raízes e sementes. Às vezes, em seu habitat, surgem coelhos em abundância. É o que basta para passarem a colaborar imediatamente, produzindo enormes redes com uma espécie de cipó. Como uma família só não dá conta de manuseá-la, dúzias delas juntam-se sob o comando de um líder. A rede de cipó viabiliza a interação.

Esse padrão – uma tecnologia viabilizando interações colaborativas entre estranhos – é o que gera prosperidade. Por quê? Os ganhos ficam irresistíveis: vinte shoshones, individualmente, pegariam, com sorte, um coelho cada. Forme um time, e eles pegam 50 coelhos com a rede. 2.5 coelhos para cada um, e com menos esforço. O problema deste time colaborativo vai começar na hora de dividir a caça. Alguém pode achar que se esforçou mais e portanto merece mais. Alguém pode ter se encostado e tirado partido do esforço de outros, fingindo que trabalhava. Vai haver conflito e o time pode até se desgregar. A sustentação de times colaborativos é a missão central de um líder. É muito fácil que o time se desagregue, e, se isso acontecer, todos perdem os ganhos da produtividade.

 

 

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