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Sem padrão focado no desfecho não há sistema que se sustente

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Se a ligação cai toda hora, a empresa telefônica é um fiasco mesmo que siga normas técnicas. Sem padrão focado no DESFECHO não há sistema que se sustente. Repita:“não há sistema que se sustente!”.

Quanto mais crítico o tema, mais enraizado tem que ser o padrão (como a Vale deveria saber). O McDonald´s verá o inferno se BigMacs fizerem as pessoas terem diarreia. Não há razão para que recrutas dobrem as meias ou arrumem camas de uma certa maneira, mas têm que ser assim. Treinada para não questionar, a tropa tem mais chance de garantir o desfecho que conta na guerra: vitória sobre o inimigo.

Nada disso tem análogo em saúde – o prestador segue normas que não se relacionam necessariamente com os desfechos que contam para usuários. A saúde evoluiu historicamente pairando acima de tudo o que se conhece sobre sistemas que funcionam bem. O dr.X é referência em ablação de mama, mas nem fica sabendo das crises de depressão que a mulher tem depois. Não é sua especialidade. O hospital Y usa as melhores próteses de quadril, mas não sabe o tempo médio para que pacientes possam voltar a andar de bicicleta.

O dia-a-dia do paciente é ignorado. Há um buraco entre a intervenção médica e a vida real. Por isso foi criado um consórcio internacional para aferição de desfechos em saúde. Pode ser o q faltava…

 

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