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Separando sinal de ruído – garimpador de dados é a profissão do futuro

epoca

 

Há 10 anos escrevi o seguinte numa matéria na Época Negócios:

Há um extenso mercado se abrindo para matemática aplicada ao mundo dos negócios. Otimização de fluxos de informação é que vai direcionar movimentos de coisas físicas como caminhões de concreto, mercadorias a partir de centros de distribuição, rotas para motoboys, pessoas em busca de assistência à saúde, ou o que você mais quiser. Isso requer matemática. O futuro mostrará que as empresas vencedoras se apoiarão em profissionais com base matemática.

Há um mundo de negócios não inventados que nascerão à medida que as empresas descubram novos modos de satisfazer os impulsos, curiosidades, e desejos de suas bases de clientes. Esses negócios futuros estão escondidos nos oceanos de dados que empresas como Google, Facebook, Amazon etc.. Geram.  O trabalho é examinar esses dados e garimpar novas conexões entre consumidores, e-comerciantes, e anunciantes.

Garimpagem de dados= algoritmos de inteligência artificial. É legal acertar na mosca (às vezes). Escrevi o trecho acima em 2007 (bem antes da explosão das inteligências artificiais). Quem quiser ler, está AQUI. É um ensaio (meio grandinho) que fala do tipo de inovação que eu achava que viria a ser dominante. Creio que continua muito atual.

Compare, para fechar, com um textinho meu, recente, sobre o que vai acontecer com as profissões na era da inteligência artificial:

“Se você tiver de aconselhar um jovem sobre uma carreira a seguir, esqueça o convencional sobre medicina, direito, engenharia, administração, economia… Pense no que os algoritmos farão com essas atividades (em mais ou menos 15 anos) e sugira que ele escolha qualquer coisa, mas que antes entenda de algoritmos e, se possível, aprenda a programá-los. Ou seja: ele deve ser bom em algoritmos, não em saberes supostamente especializados. Não há “saber especializado” que não possa vir a ser aumentado por um algoritmo. Todos serão. Nada que caiba na cabeça de um humano será suficiente para competir com o que saberá um humano aumentado por um algoritmo, e, ao contrário do que se supõe, essa transição vai acontecer primeiro com as atividades e profissões nobres, aquelas de alto conteúdo cognitivo, não com atividades repetitivas. Esta últimas, ou serão realizadas por robôs, ou serão preservadas à força, via regulação, para evitar explosão de desemprego. Ninguém vai conseguir preservar as profissões nobres”.

 

 

 

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