Não pode. Consulte seu médico.
(III)- Se seu ideal é o do médico do post anterior, escolha-o. Pague do seu bolso (será caro), mas não peça que a sociedade banque um médico para você “chamar de seu”, só porque você acha que esta é a “essência da medicina”.
Desculpe, em gestão não interessa o que alguém acha. Gestão têm que se basear em evidência pragmática.
Minha bronca com essas discussões/fóruns/seminários é esta: são viciadas por pontos de vista pessoais, políticos, corporativistas. É matematicamente impossível construir um sistema sustentável sobre a ideia de que a relação “médico-paciente” tem q ser preservada em todas as instâncias, mas o pessoal discorda da matemática, entende?
Dizem “minha experiência mostra…”. Ninguém diz: “a evidência mostra…”.
Telemedicina? “Não pode!”.
Auto-cuidado? “Cuidado! Consulte seu médico. Consulte seu médico! Consulte seu…!”.
Mas e se eu quiser experimentar outro modelo? “Não pode. Consulte seu médico”.
Façamos experimentos, pessoal! Deixemos empreendedores entrarem no sistema. Eles estão dispostos a correr riscos que a velha guarda não está, mas a regulação não deixa. Não pode.
Há um cheiro fortíssimo de corporativismo no ar.
PS: Peço humildemente que não escrevam que eu sou contra médicos! Quem o fizer corre o risco de ser bloqueado aqui por analfabetismo funcional.
(Continua…)