Intervenção de autoridades às vezes é péssimo
Intervenção de “autoridades” em certos temas às vezes é péssimo. Ex.:”Taxas de natalidade entre os miseráveis só aumentam, governos têm que intervir”. Não. Natalidade cai espontaneamente quando saúde/renda/educação melhoram. Ao se tornarem consumidores, as pessoas planejam suas famílias.
Seu monólogo interior deve ser algo assim: “Agora que sei que meus filhos não vão morrer cedo, não vou mais ter tantos. Agora posso ter emprego, carreira, não vou engravidar todo ano, nem gastar tudo para sustentar uma família enorme, como minha mãe e avó ”.
Quando a pobreza é extrema, ter muitos filhos é racional porque bebês são um seguro: alguns sobrevivem para ajudar no campo e cuidar de mães velhinhas. Mulheres miseráveis não têm muitos filhos porque são ignorantes, mas porque são inteligentes. Quando têm outras possibilidades, um carro novo (p.ex.) passa a ter mais apelo que um novo bebê.
A concepção é freada naturalmente se podemos transacionar bens e serviços uns com os outros. Quanto mais interdependentes – quanto mais participantes de mercados – mais bem de vida ficamos, e mais a população se estabiliza conformando-se aos recursos do planeta.
Garantir condições para que crianças não morram é o melhor a fazer para que a população não exploda; não é esterilizando mulheres pobres como “especialistas” pensaram um dia.