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É possível ressuscitar a saúde?

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Saúde privada é um mercado tão torto que nele é a oferta que cria a demanda – hospitais e outros serviços competem embarcando cada vez mais “tecnologia de ponta”, e os usuário usam isso (“tecnologia”) como aproximação para “qualidade”. Pensam assim: “se só eles têm aquele aparelho, devem ser os melhores!”- um erro que contribui para um nível de desperdício escandaloso (estimado, por baixo, em cerca de R$30 bilhões no Brasil). Demanda gerada por oferta é uma perversão porque faz preços subirem. Ou seja é a anti-inovação. Os gestores da saúde têm que ser lembrados de que o importante em gestão é o que sai do sistema, não o que entra. Equipamentos, dinheiro, instalações, saber médico etc… são inputs. O que sai são desfechos (outcomes). Só existe um parâmetro legítimo como indicador de qualidade – o desfecho do tratamento que um paciente recebe. É isso que temos de medir e divulgar para cada condição médica. A competição por melhores desfechos (aos olhos do usuário!) é que fará preços caírem e qualidade aumentar, como ocorreu em praticamente TODOS os demais setores da economia. Os responsáveis, líderes e formadores de opinião em saúde deveriam estimular isso como prioridade: medição e divulgação de desfechos. Não me digam que é difícil. Eu digo que é possível e que é isso que vai ressuscitar a saúde.

 

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