Como as ideias que querem acontecer acontecem
Quando as peças certas estão no ambiente, é uma questão de tempo para surgir a inovação. Se o inventor X não inventar a coisa, o inventor Y o fará.
Danny Hillis – um cientista e inventor contemporâneo, diz o seguinte: “num certo momento, pode haver dezenas de milhares de pessoas pensando na possibilidade de uma certa invenção, mas menos de uma em 10 delas vão conseguir imaginar como aquilo poderia ser feito. Das que conseguem imaginar como fazer, só um décimo chegarão a pensar nos detalhes práticos de soluções específicas. Dessas, apenas um décimo conseguirão fazer um protótipo que funcionará por tempo suficiente. E finalmente, só uma das várias milhares de pessoas que tiveram a ideia conseguirá fazê-la se tornar vencedora.
Nos estágios conceituais (mais abstratos) toda ideia tem muitos pais, mas a cada estágio o número de pais possíveis diminui”. Pense em coisas que estão em intensa experimentação hoje – plataformas de ensino à distância, o carro sem motorista, energia solar, eólica, baterias que viabilizem o carro elétrico, pilhas a hidrogênio…
O “funil” a que Danny Hillis se refere é que levará um ou outro design a se concretizar e dominar os demais.
Você vê: a chance de que a lâmpada elétrica viesse a aparecer era 100% mas a chance de que fosse Thomas Edson o cara a fazê-la aparecer, era 1 em 10000.
Trabalho com inovação há décadas e, apesar da dinâmica acima ser irrefutável, ela é geralmente ignorada pelas empresas. Se você quer uma empresa inovadora, esqueça essa bobagem de “pessoas especiais” e trate de forjar – dentro da empresa!-o processo ilustrado por Danny Hillis. Não há outro jeito. Se você fizer isso, é 100% certo que vá chegar ao equivalente de sua “lâmpada elétrica”- que pode ser um processo de produção, um produto, um conceito de negócio.
Do meu livro: A Intrigante Ciência das Ideias que dão Certo