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As quatro regras básicas para colaboração

teoria dos jogos

 

No sistema de saúde, usuários, empresas, planos e prestadores, jogam um jogo de soma zero. Esses quatro agentes comportam-se como o sujeito que induz seus amigos a pagarem mais pela conta no restaurante, ou como os fazendeiros que colocam cada vez mais vacas no pasto (veja posts anteriores), ou como os opositores de reformas no Brasil (aposentadoria aos 50 anos?) porque limitam “direitos”, esquecendo-se de que penalizam o futuro.

A teoria dos jogos descobriu como transformar “jogos de soma zero” em um jogo de soma positiva. Não tem nada a ver com o que possamos achar certo, errado, bem ou mal. Não tem nada “moral”, é matemática, não religião. Não exorta, não prega, apenas computa interações entre “jogadores”. Descobriu coisas incríveis. A primeira é: se não há um “horizonte de futuro” nas relações, tentar se dar bem às custas dos outros (trair) é automático, você será explorado se não agir assim. Mas se há uma noção de futuro, o comportamento que constrói valor é baseado em quatro regras:

1- Não traia primeiro;
2- Se for traído não deixe passar em branco, retalie no ato;
3- Se o outro jogador parar de trair, pare também e esqueça o passado;
4- Aja de forma que todos percebam como você age, seja transparente.

Essas 4 regras são a base para estratégias colaborativas em qualquer grupo social. E, de forma surpreendente, acabou construindo uma explicação para o espetacular aumento de prosperidade que ocorreu no mundo todo de uns 200 anos para cá. Ninguém esperava isso – a descoberta foi um grande marco na ciência do final do século XX.
(Continua)

 

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