A Ciência do Não Sabível

As “7 líderes na pandemia” tiveram em comum uma aguda percepção da NATUREZA DO RISCO, o que as levou a agir quase que por reflexo. Muitos outros líderes (por acaso, homens) não tiveram essa percepção.

Note que:

– Não disse que só mulheres podem ter essa característica.

– Não disse que todas as mulheres têm essas características.

– Não disse que basta ao líder ter essas características.

– Não disse que o ambiente, a cultura, a educação não contam…

Eu disse que quem está lidando melhor com essa coisa teve essa percepção.

No manejo imediato da pandemia, não é o que chamam de “ciência” que funciona; são heurísticas – regras práticas, pouco rigorosas que herdamos de antepassados que só sobreviveram porque não davam a menor bola para estar certos ou não, só queriam ficar vivos.

O que está acontecendo não é porque epidemiologistas e virologistas estão errados, mas porque estão sendo chamados a construir modelos e dar opiniões sobre algo que não podem saber.

A ciência certa para esse primeiro momento é a ciência do “não sabível”- daquilo que é, por natureza, impermeável às nossas investigações. O “não sabível” existe, não é “papo cabeça”. A matemática estabelece sua existência e há até teoremas sobre essas coisas. Dá para agir direito quando não se pode saber o q fazer? Sim, dá. Tentarei explicar (continua…).