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Empresas não devem olhar muito à frente

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Empresas não devem olhar muito à frente. As (poucas) que chegam longe, o fazem olhando para perto e explorando o ambiente passo-a-passo. Por quê? Risco. Nada garante que alguma iniciativa supostamente inovadora terá sucesso. Claro, se houvesse garantia não haveria risco, e sem risco não há inovação.

Sucesso só é definido DEPOIS, apesar do oceano de baboseiras tentando nos convencer do contrário (“deseje” com intensidade suficiente, e o universo conspirará a seu favor/seja “servidor” o bastante, e todos o reconhecerão como líder).

O trabalho do gestor é agir rumo a um propósito, minimizando chances de fracasso no percurso, pois risco de fracasso é inerente a qualquer iniciativa para fazer “coisas funcionarem”. Atividades como medicina e engenharia lidam com isso de uma maneira muito mais orgânica do que a gestão.

Papo de gestor sempre soa meio infantil comparado com o de praticantes de outras áreas – (pense na enxurradas de platitudes que nos assolam: “temos q nos reinventar”/ “visão de futuro é essencial” / “tudo muda muito rápido em nosso mercado”).

Um médico sabe que o paciente pode morrer, e às vezes morre. Engenheiros constroem pontes que não caem, mas poderiam cair; dutos que levam água de A para B, mas poderiam se romper. Coisas que funcionam. Deveríamos nos inspirar nessas profissões.

 

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