As manchetes sobre saúde só tratam de dinheiro
Planos baratos/quem paga a prótese/custo da internação/quanto o fundo X pagou pela operadora Y…
Mas dinheiro dissociado de “valor” induz perversão. Ganho sem risco ou em cima de riscos artificiais, é rentismo e até crime (milícias e máfias ganham dinheiro assim). Dinheiro ganho empurrando custos para outros é antiético e, no limite, é corrupção; fraude.
Dissociado de “valor” dinheiro não tem significado. Gera uma doença que incapacita primeiro e mata em seguida: inflação.
Competição tipo “empurrar custos para outros” gera inflação, e, em saúde, todos os suspeitos deste “crime” são culpados: operadoras/seguradoras, prestadores, empresas que contratam planos, agências reguladoras, fornecedores de insumos, conselhos de medicina, o judiciário, e, o próprio usuário.
Todos ajudam a gerar inflação, sinônimo de dinheiro dissociado de valor.
Inflação alta, sistema doente. Quanto mais alta, mais perto da morte.
No Brasil, a inflação da saúde privada é 4-5 vezes maior que a do resto da economia. Enormes reajustes anuais transferem para quem paga, os custos gerados pelas assimetrias existentes neste sistema sem design, mas dinheiro que entra no sistema assim é dissociado de valor. Por isso, o sistema agoniza. O prognóstico é conhecido.