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A ciência da incerteza pode ajudar

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Risco é o potencial de perda descontrolada de alguma coisa a que damos valor. A pandemia pertence a uma classe de risco que o mundo não pode continuar a correr. Mais pandemias, e a probabilidade de extinção (em algum momento) é 100%. Certeza matemática. Exagerado? Pode ser, mas tem uma base lógica que vou tentar explicar.

Pode discordar de mim, claro, mas não discorde da matemática. Ela é capaz de falar com precisão sobre mundos hipotéticos onde habitam coisas que não vemos. A matemática e certas especialidades da engenharia sabem que a maneira de mitigar riscos como os de pandemias é não se expor a eles.

“Autoridades” e formadores de opinião pedem vacinas. Poderão ajudar a sair desta, mas não da próxima. A “governança” do planeta terá de mudar. A atual (povoada por burocracias tipo OMS) opera na ilusão de que o mundo é gaussiano: tudo volta ao “normal” assim que a ciência desenvolver uma vacina.

Mas, no lugar onde as pandemias são geradas não há “normal” ou “média”. Virou moda pedir “ciência contra a pandemia!”, mas a ciência aqui é outra. É a ciência dos eventos extremos. Invisíveis. Riscos como o do corona não produzem “evidência científica” antes. Quando produzem, não há mais quem as colete. Outro tipo de ciência – a ciência da incerteza – é que pode ajudar (continua).

 

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