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Sem relacionar desfechos a custos não é possível falar em valor

desfechos

Doente chega à emergência. Exames de imagem mostram q é AVC – desobstrução de artéria, cirurgia, UTI, recuperação no quarto. Hospitais cobram por cada etapa, mas e depois da alta? O paciente volta a falar com clareza? Tem boa mobilidade? Volta às atividades usuais? CUIDADO BASEADO EM VALOR COMEÇA COM A AFERIÇÃO DO QUE CONTA PARA A QUALIDADE DE VIDA DEPOIS DAS INTERVENÇÕES MÉDICAS. Divulgada essa informação, os prestadores com os melhores DESFECHOS se tornarão referências no “mercado de AVC” (não fique chocado: se alguém paga e existe quem ofereça, existe um mercado para qualquer coisa).

Concorrentes terão que melhorar seus desfechos para não ficarem para trás. Mas não bastará. Todos terão de controlar seus custos, pois ótimos desfechos a preços proibitivos tiram você do mercado. Começará a competição por valor. Valor=desfechos/custos. Quem oferecer maior valor dominará o mercado de qualquer condição médica, AVC é só exemplo. Esta é a lógica central, e ela é irrefutável.

O consórcio a que me referi no post anterior foi formado exatamente para viabilizar isso. É o ICHOM – “International consortium for health outcomes measurements”. Tudo começa com o que nunca se fez em saúde: aferição rigorosa primeiro, e divulgação depois. Isso impedirá o desabamento das “torres gêmeas da saúde”. Continua…

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