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Pecado mortal em engenharia

aviao

Pecado mortal em engenharia: o Boeing caiu por falta de redundância. Um só sensor nunca poderia determinar decisões em situações vida/morte. Tinha de haver vários.

Redundância é uma noção ambígua porque parece desperdício se nada de anormal acontece. Só que algo anormal geralmente acontece. A vida real não é uma curva de Gauss.

Acho que meus amigos médicos gostarão de saber que concordo com eles neste aspecto – aprendi isso projetando reatores nucleares nos anos 1980 (aprendi com engenheiros, sorry).

A natureza ensina o mesmo – nossos corpos estão cheios de redundâncias. Dois pulmões para quê? Dois rins? Que desperdício!

É que a seleção natural (vulgo “mãe natureza”) não busca otimização, mas funcionalidade. Funcionalidade para a seleção natural é não morrer antes de procriar! Nós somos produto de uma engenharia assim, “não-otimizadora”, mas extremamente funcional.

Funcionalidade no sentido de “não morrer” é, não por acaso, o primeiro atributo a ser considerado na hierarquia de desfechos em “value based health care” .

Veja meu post https://lnkd.in/d8G56ZF

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