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Os desfechos que contam para o paciente

prostata

Em saúde não se escolhe com base na hierarquia FUNCIONALIDADE >> CONFIABILIDADE >> CONVENIÊNCIA (veja post anterior https://lnkd.in/dxdZVpe). Um homem (“X”) tem tumor de próstata. Ficar vivo é o que direciona sua busca por tratamento – FUNCIONALIDADE. Se o hospital tem mármore ou não, é irrelevante. Qual % de homens (nas mesmas condições de X!) permanecem vivos após prostatectomias em diferentes hospitais? Ninguém sabe. Mas, suponha que – milagre! – a informação surja: 3 hospitais têm índices de mortalidade equivalentes. X passaria então a priorizar a CONFIABILIDADE dos procedimentos a que será submetido. Perguntaria: em quanto tempo pacientes de cada hospital passaram a urinar sem dor? Sua incontinência desapareceu quando? Recuperaram a ereção? Em quanto tempo? Ninguém mede essas coisinhas (hiper-relevantes para um homem, concordam?).

Hospitais só medem o nível 3 da hierarquia: coisas relacionadas com CONVENIÊNCIA (como se fossem hotéis): cortesia, conforto, tempo de espera, limpeza. Se medíssemos e divulgássemos os “DESFECHOS” que contam para o paciente – não para o médico! – (incontinência, ereção etc), a qualidade melhoraria e os custos cairiam. É uma lei da natureza! Veja na figura o caso de 3 hospitais – dois alemães e um sueco – que concordaram em divulgar seus DESFECHOS. Um dos alemães é o campeão!

 

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