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O que motiva pessoas a participarem de empreendimentos coletivos

trust

O que nos leva a transcender nossos “eus” individuais não é o “interesse pelo bem comum”. P ex: se todos aceitássemos dirigir menos, a poluição diminuiria. Mas não é razoável tentarmos esta solução porque pensamos assim: “se mundo está aceitando contribuir e minha contribuição individual conta tão pouco, eu vou continuar a dirigir como sempre”. É assim que todo mundo pensa, e assim é que a poluição não diminui. É uma questão, digamos, de psicologia de massas.

Um ou outro altruísta verdadeiro (fora da média) deixa o carro em casa e fica respirando fumaça com direito a passar um sufoco danado para entrar no ônibus sem ar condicionado e arranjar um lugar para se segurar. Sentar, nem pensar. Queremos menos poluição, claro, mas também queremos um carro novo. Alguém (o governo, a opinião pública, os legisladores…) tem que se preocupar com a poluição… Este é o pensamento “médio”.

Sem mecanismos que incentivem certos comportamentos “certos” não se pode esperar que pessoas se comportem de modo a preservar o bem comum. Não depende de educação ou de nacionalidade, tradição, cultura… É um fato econômico. Sem algum arranjo para combinar interesses individuais com coletivos ainda estaríamos nas cavernas da pré-história. O que será que nos faz colaborar?

O insight acima é da Teoria do Jogos, um ramo da matemática aplicada que trata de conflitos de interesse. O conflito acima é um dos mais típicos e tem até um nome, mas o que importa é que sem colaboração não se gera riqueza, e colaboração não vem naturalmente. Times colaborativos só se formam quando há um fator presente no grupo: TRUST (confiança). E confiança só se constrói se alguns elementos muito precisos estão presentes. O fator que condiciona a vitalidade de qualquer empreendimento é este: o nível de confiança que existe no grupo. Este é o tema central da gestão.

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