O melhor mecanismo para gerar inovação
Ciência funciona assim: você formula uma hipótese e a expõe para que o mundo possa verificar se está ERRADA. Faz experimentos e divulga seus resultados para que outros possam replicar o que você mediu, aumentando a confiança em sua inferência inicial. Minha hipótese para explicar por que assistência à saúde e educação não inovam, é que a qualidade das práticas nesses 2 setores não pode ser avaliada de forma simples por quem consome seus “produtos”. Os “desfechos” em saúde e educação são opacos, você – o consumidor – não consegue aferi-los objetivamente como fazemos em outras relações de consumo. Como fazer “test drive” é impossível, o que direciona a escolha desse ou daquele prestador de serviço são critérios subjetivos como recomendação de terceiros, ou “ouvir dizer”. Falta um elemento essencial para que a inovação aconteça: falta um consumidor informado – ou seja, em condições de escolher da forma mais objetiva possível. Por exemplo: um hospital é considerado”de qualidade” se é limpo, comida boa, atendentes corteses… Mas ninguém sabe como esse hospital se compara com um outro nos resultados dos tratamentos que oferece. Ninguém conhece “desfechos” de hospitais. Quando isso acontece, deixamos de contar com o melhor mecanismo que existe para gerar inovação: um mercado que funcione.