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Não há saída para a saúde que não passe por valor

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O fato de vivermos discutindo “formas alternativas de remuneração em saúde” indica que a noção de VALOR é inexistente no setor.

O ponto de partida – o fundamento – para se chegar à remuneração “certa”, não é remuneração, ou preço, é VALOR.

O que se paga (e como se paga) decorrem de um consenso entre quem fornece e quem compra, quanto ao VALOR da transação.

Ambas as partes têm que se perceber ganhando. Ambas têm de se sentir “mais ricas” após a transação. Ambas podem vetar a transação se se perceberem em desvantagem. Você avalia com base em valor toda hora.

Ao decidir entre taxi comum, Uber, metrô… ou entre sanduíche e almoço à la carte; ao comprar/vender um apto ou um carro; ao optar por classe econômica ou executiva.

Ninguém sente necessidade de discutir formas alternativas de pagar nada disso. Você avalia o “custo/benefício” nas circunstâncias em que está e decide. Percepção pura.

Em saúde não temos como formar uma percepção de valor daquilo que estamos comprando (como fazemos com tudo o mais) porque não temos informação sobre “benefícios” vis a vis os custos em que incorremos. Não há saída para a saúde que não passe por VALOR.

PS: Por favor não me digam que a noção de “valor em saúde” é diferente. Não é. Valor é um conceito universal. Não existe uma definição para cada setor da economia.

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