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(I) O comportamental é mais importante que o técnico

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(I) O mundo da gestão é cheio de “experts vazios”. Nassim Taleb os chama de “ternos sem nada dentro” (empty suits). Propagandeavam a excelência da Enron (exemplo: Gary Hamel) badalando suas práticas, até que se constatou que a empresa era uma fraude; não um “case“, mas um caso de polícia. Não vi ninguém pedir desculpas – incluindo universidades e consultorias famosas como as McKinseys da vida.

Não vou falar do fiasco de Tom Peters que fez fortuna no mundo empresarial a partir de uma pesquisa (fajuta) feita nos anos 1980. Ela identificou “empresas excelentes”, que, supostamente, teriam verdades universais a nos ensinar. Não preciso lembrar o que aconteceu com a maioria delas.

Os CEOs “masters do universo” – sempre presentes na mídia – que nos são apresentados como professores de tudo (porque deram certo, “chegaram lá” e ficaram ricos), são particularmente ridicularizáveis.

Mas há um corpo de conhecimentos inspirado na ciência que pode nos ajudar. A premissa é que o comportamental é mais importante que o técnico. Vou mostrar nos dois próximos posts. O primeiro post é sobre como o grupo 3G deve pensar para inovar, dadas certas ameaças que sofre. O outro é como ressuscitar nosso sistema de saúde que está morto; foi assassinado e todos os suspeitos são culpados.

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