Como detectar oportunidades para inovar?

Comece pelos JOBS TO BE DONE

Minha primeira tarefa quando colaboro com empresas que desejam construir inovação, é determinar por onde isso será mais fácil, dada a cultura dela. Ou seja, é descobrir qual ou quais são os possíveis adjacentes (http://goo.gl/fgSpL) dela.

Antes de atacar este problema faço o diagnóstico da cultura da empresa por meio de uma série de entrevistas e levantamentos que eu mesmo conduzo. Depois, uso uma ferramenta que é das mais interessantes de todo o método INNOVATRIX.

Qual a maneira mais básica de pensarmos a operação de qualquer empresa? É por meio do que ela vende (seus produtos) e dos mercados em que atua. Toda empresa vende (ou, se ainda não foi lançada, pretende vender) algo a um certo mercado.

INNOVATRIX diz que não é bem assim. Produtos são apenas meios para realizar alguma coisa que o cliente ( mercado) deseja que seja realizada. Essa ”alguma coisa” que o cliente quer que seja realizada é a unidade fundamental da inovação, que nós chamamos de JOB TO BE DONE (tarefa a realizar). Clientes só pagam por alguma coisa quando essa coisa realiza um JOB que ela esteja querendo realizar.

Antigamente era válido falar em produtos, mas hoje não é mais. Era válido porque os instrumentos (produtos) usados para realizar JOBs mudavam muito devagar, mas hoje não. Produtos/ instrumentos mudam rápido, os JOBs é que permanecem mais estáveis.

O JOB é a unidade estável que usamos no Innovatrix. Não existem mercados para produtos,só para JOBs.

Expliquei isso aqui http://goo.gl/zf242 quando analisei o Google Glass. Não vai dar certo porque não realiza nenhum JOB preciso, tenta realizar vários. Sem JOB, nada feito.

Quando usamos o conceito de JOB, vemos que temos 3 possíveis adjacentes que uma empresa pode tentar atingir. Apenas 3 e não mais. Veremos isso direitinho no próximo post.