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Reciprocidade – um eterno desafio para os gestores

reciprocidade

Em toda parte, desde os caçadores-coletadores (antes da agricultura) os humanos são profundamente impregnados pela lógica da reciprocidade.

O desenho de ambientes (culturas) empresariais em que a inovação possa acontecer, é a missão primeira de um líder digno deste nome, e isso é muito mais difícil do que produzir patentes, por exemplo. Patente é fácil, gente é que é difícil – só dá o seu melhor se percebe que o ambiente é “confiável”. Empresas inovadoras não buscam pessoas com talentos excepcionais, buscam gente que se encaixe no ambiente (geografia interna) da empresa e agregue valor a ele; cultura é mais importante que o indivíduo para a produção de resultados.

Anote: inovação é uma propriedade que emerge num ambiente quando os micromotivos das pessoas – medo, ambição e preguiça são tratados como são – ou seja, como parte da natureza humana. Com esse pressuposto é que se desenham sistemas de gestão que conseguem alinhar micromotivos individuais com resultados para o grupo (sistemas de gestão vitoriosos nunca tentam mudar as pessoas porque isso é inútil). Se os interesses entre a empresa e seus colaboradores estão alinhados, então a relação é “ganha-ganha”- sempre as mais interessantes e enriquecedoras. Mas também as mais difíceis, porque não acontecem naturalmente; elas têm que ser gerenciadas, se não, os micromotivos individuais ganham, ou seja, alguém vai querer se dar bem às custas de alguém.

 

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