A noção de MARCA inexiste em saúde.
É que marcas são construtos da informação, e não podem existir se a informação não flui.
Uma “marca” é uma associação entre um nome e uma “coisa” que consumimos para realizar certa “tarefa”. É um nome carregado de significado.
Não existem marcas em saúde por 2 razões:
1- A prática médica se desenvolveu historicamente em função do médico, não do paciente. O médico sabe o que faz, o paciente não precisa saber.
2- As normas e regulações da medicina perpetuam essa situação.
Marcas catapultam a percepção de valor de alguma coisa, mas não vão longe se o impulso é fraco. Coca-Cola, Intel, McDonald’s vão longe. A Kaiser Permanente não. Sua operadora não. Seu hospital preferido (mesmo de grife) também não.
A percepção de valor de um produto como o (hoje morto) iPod, fez o market share dos PCs da Apple dobrar. Milhões de MaCs foram vendidos pegando carona na marca que estava atrás do iPod. Uma boa marca é um atestado de confiabilidade; faz a boa reputação saltar de mente para mente numa espécie de contágio. Informação presa impede o “contágio”.
Marcas são memes no sentido definido pelo biólogo Richard Dawkins em 1976 – “vírus da mente”como ele disse. O fato de não existirem marcas em saúde é uma causa importante dos altíssimos custos do setor como vamos ver (continua).