A inovação é FRACTAL. Entenda o que é isso.
Fractal é uma coisa que apresenta auto-similaridade em todas as escalas; ou seja, cada pedaço da “coisa” contém uma miniatura da coisa inteira. Não tem que ter exatamente a mesma estrutura, sim o mesmo “tipo” de estrutura em todas as escalas.
Em 1996 escrevi sobre essa ideia em meu primeiro livro – EM BUSCA DA EMPRESA QUÂNTICA .
A empresa quântica já era. Evoluiu e ficou mais concreta, mas o livro ainda é interessante de qualquer maneira. Quase tudo o que me interessa hoje já estava lá, mas aprendi que a teoria quântica nada tem a declarar sobre a empresa moderna, a teoria da complexidade (que também está no livro) é que tem.
Para a inovação acontecer, é preciso que uma ideia representada por certa configuração de neurônios em nosso cérebro, encontre correspondência num arranjo que tenha valor para o mundo lá fora.
Veja a figura abaixo.
Ela mostra progresso/riqueza/prosperidade/inovação, durante uns 70.000 anos:
A figura a seguir mostra a mesma coisa, só que nos últimos 1000 anos apenas. Auto-similaridade, certo?
A estrutura é a mesma. Só a escala muda. A inovação é fractal.
Foi um russo chamado Geinrich Altshuller o primeiro a propor um método para fazer emergir correspondências entre problemas no mundo lá fora e operações mentais em nossos cérebros.
Ele criou um método chamado TRIZ , que, em russo significa TEORIA PARA A SOLUÇÃO INVENTIVA DE PROBLEMAS, exatamente para isso. Não usou o termo ”fractal”, mas foi nessa noção que baseou seu trabalho. Ele descobriu, analisando milhares de patentes de engenharia, que as soluções inventivas seguiam (poucas) rotas que se repetiam em vários campos e em várias escalas.
O TRIZ é a base do meu método, INNOVATRIX . Apenas levei as ideias de Altshuller que só eram aplicadas a artefatos tecnológicos, para outra dimensão (fractal) – o contexto das organizações. Inovação e gestão empresarial.