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A armadilha da pobreza

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Em qualquer grupo há os que enxergam o mundo como “jogo de soma zero” e os que o veem como “jogo de soma positiva”(ou “não zero”).

Se você é “soma zero”, acha que só pode ganhar se outro perder, e busca a maior fatia do bolo de qualquer jeito. Você é um predador.

Ambientes “soma zero” corrompem geral. Quem vai querer ser trouxa de se deixar explorar por trambiqueiros? Todo mundo vira “esperto”. Desonestidade, roubalheira, tornam-se normas culturais: “estou apenas me garantindo, entende? Se eu não pegar, outro pega”. Essa mentalidade “desce”, e pode chegar à “rua” (até seu condomínio, talvez).

Imagine uma população na qual parte dos agentes é “soma zero” e parte “não zero”. Com o tempo, os “não zero” vão ficando mais ricos por cooperarem entre si (é assim que se cria riqueza como vou mostrar num post à frente) e logo começam a ser atacados pelos “soma zero” querendo sua fatia sem ter colaborado para que o bolo crescesse (é de sua natureza; eles são assim).

O conflito reduz os retornos da cooperação e induz os “não zero” a desistirem de cooperar – eles então se transmutam em “soma zero”, ou abandonam o grupo. A modelagem dessa dinâmica sugeriu que quando os “soma zero” ultrapassam os “não zero” a prosperidade não se sustenta e o grupo cai no que chamam de “armadilha da pobreza”. Triste.

Em que país você está pensando , leitor?

 

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