Seria o setor financeiro mais humanista que o da saúde?
Sim, setor financeiro, aquele setor povoado por ogros que só pensam em dinheiro, e ignoram o sofrimento de seres humanos de carne e osso. Pergunto, porque ele tem regulações e normas que obrigam seus participantes a reportar tudo o que possa influenciar as consequências dos seus atos. Não são regras perfeitas, mas têm evoluído (informação privilegiada, especulação predatória etc, existem).
Já o setor de saúde – aquele que é povoado por humanistas que desprezam os ogros do setor financeiro por sua indiferença quanto ao sofrimento de pessoas de carne e osso – recusa-se a reportar qualquer coisa que transmita a mais leve ideia das consequências de suas intervenções nos pacientes.
Seria contra a sacralidade do “ato médico”, entende? O assim chamado “ato médico” deve pairar num limbo quase sobrenatural, blindado de influências externas e acima de coisas mundanas (como as relacionadas com dinheiro).
Medir e reportar desfechos em saúde significaria colocar a informação para trabalhar em benefício de todos. Protegeria o paciente e a sociedade. Por que alguém seria contra isso?