Innovatrix

Sem transparência na informação não pode haver competição

google-health

Em saúde, o consumidor não se comporta como em outros contextos de consumo. Como não existe competição induzida por necessidades de usuários, os preços não caem.

A prestação de serviços em saúde evoluiu (no mundo todo) a partir da relação de um “especialista que sabe” com um usuário “que não sabe e não tem como saber”. Assimetria de informação. Círculo vicioso.

Não há como avaliar desfechos de intervenções médicas, não há como saber se é esse ou aquele prestador que apresenta melhores resultados. Esta opacidade é a “causa raiz” das mazelas da saúde. Não existe competição porque o usuário não escolhe como faz normalmente. Tentativas para engajar mais o usuário têm dado errado.

O “Google Health”- ferramenta lançada pelo Google com esta finalidade, fracassou e foi retirado do mercado. A empresa cuja missão é “organizar a informação do mundo e torna-la acessível e útil” não conseguiu nada em saúde.

Mas o fundamento não muda: sem transparência na informação não pode haver competição que baixe custos e aumente a qualidade. Se o consumidor não quer, devemos motivá-lo a querer.

Entre os agentes envolvidos na prestação de serviços – empresas, operadoras, prestadoras e usuários – quais estariam mais motivados e teriam poder suficiente para agir decisivamente quanto a isso?

Leia também