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Para saber mais

“Por que o Brasil é ruim de inovação?”

Como eu disse no artigo, ele é o resultado de consultas a muitos estudos. Seria muito chato ficar fazendo citações ao longo do texto e, por isso, resolvi colocar aqui as fontes principais, relacionando-as com o que digo no texto.

Clemente Nobrega

1. “O nível de inovação de um país depende de um certo tipo de software. Todo grupo humano – seja um país, seja uma empresa – tem um sistema operacional que define o que o grupo pode de fazer. Que características tem de ter o sistema operacional de um país para que ele seja capaz de inovar?”.

Essa imagem de “software do país/sistema operacional do grupo” vem de “O lexus e a oliveira” de Thomas Friedman (Objetiva,1999).

http://en.wikipedia.org/wiki/The_Lexus_and_the_Olive_Tree

http://www.nytimes.com/books/99/04/25/reviews/990425.25joffet.html

2. “Nos países inovadores há um alto nível de confiança nas relações entre os indivíduos. Cooperação com base em reciprocidade é a norma mais arraigada nas relações sociais”.

– Francis Fukuyama – “Trust” (New York Free Press, 1995).

– “The Great Disruption: Human Nature and the reconstitution of social order” – (New York Free Press, 1999).

http://www.socresonline.org.uk/3/3/hoogvelt.html

http://www.samizdat.com/isyn/fukuy.html

3. “Silicon Valley é o ícone supremo da inovação, por sua cultura única de troca de informações entre engenheiros e pesquisadores (de empresas concorrentes!)”.

– McMillan, John. “Reiventing the Bazar”, Norton, 2002.

http://www.wwnorton.com/catalog/fall03/032371.htm

4. “Cooperação com base em reciprocidade é a norma mais arraigada nas relações sociais. Reciprocidade quer dizer: eu recebo proporcionalmente ao que dou”.

– Matt Ridley. “As origens da virtude – Um estudo biológico da solidariedade”. Record, 2000.

http://en.wikipedia.org/wiki/The_Origins_of_Virtue

http://www.fee.org/publications/the-freeman/article.asp?aid=4749

5. “O que o colapso da Enron mostrou, foi que uma empresa pode até enganar seus reguladores, seus contadores, seus fornecedores, mas não pode enganar o mercado”.

– Martin Wolf – “Why Globalization Works”, Yale University Press; 2004.

http://www.complete-review.com/reviews/economic/wolfm.htm

http://www.cato.org/pubs/journal/cj24n3/cj24n3-13.pdf

6. “Não há país inovador isolado do mundo. A energia empreendedora precisa de fronteiras abertas e estímulo para trocas e transações”.

– Jared Diamond, “Armas, Germes e Aço” (Record, 2001)

“How to Get Rich”:

http://www.edge.org/3rd_culture/diamond_rich/rich_p2.html

7. “Em países inovadores a mentalidade “soma não zero” permeia toda a sociedade. Essa é uma norma cultural que diz que o bolo que existe hoje poderá crescer se houver colaboração. Minha vitória pessoal não se dá ás custas da derrota de outro. A mentalidade oposta, ”soma zero”, diz que o melhor é garantir logo sua fatia do bolo, antes que outro o faça. Não há visão de destino compartilhado, ganha quem tirar mais para si”.

– Wright, Robert, “Non Zero – The Logic of Human destiny” – Pantheon Books, 2000.

http://www.nonzero.org/

8. “Países inovadores têm lideranças mais pragmáticas, e menos ideológicas, que não hesitam em assumir posições impopulares para fazer o que deve ser feito”.

– Thomas Friedman – “O Mundo é Plano” (Objetiva, 2007)

http://www.wikisummaries.org/The_World_Is_Flat

9. “Aprendi que inovação é uma propriedade emergente. Quer dizer o seguinte: num grupo (pessoas, empresas, países), inovação… Há dois tipos de tecnologias fundamentais para a inovação. O primeiro são as tecnologias físicas…”

– Eric Beinhocker, “The Origin of Wealth – Evolution, Complexity and the radical remaking of Economics” – Harvard Business School Press, 2006.

(Esta é a principal fonte para o artigo). Os links a seguir são relacionados a ele.

http://www.mckinsey.com/ideas/books/originofwealth/

http://www.cabinetoffice.gov.uk/strategy/downloads/seminars/

real_world/eric_beinhocker.pdf

http://hbswk.hbs.edu/archive/5387.html

10. “A China já foi líder mundial em tecnologias físicas. Inventou o ferro fundido, a bússola, a pólvora, o papel, a porcelana, a tipografia, um monte de coisas. Sua frota era a maior do mundo, e seus navios viajavam para todo lado. Estavam prestes a virar o Cabo da Boa Esperança, subir a costa da África e “colonizar” a Europa, quando um novo imperador chegou ao poder, decidiu que navios eram um desperdício e mandou desmantelar as frotas”.

– Jared Diamond, “How to Get Rich”

http://www.edge.org/3rd_culture/diamond_rich/rich_p2.html

11. “Em 2002, fizeram uma pesquisa com setenta e dois paises ricos e pobres. O que se investigava era aquilo de sempre: ”O que torna um país mais rico que outro?”O fator mais importante são as tecnologias sociais do país. A regra da lei, a existência de direitos de propriedade, um sistema bancário organizado, transparência econômica, ausência de corrupção”.

http://www.nber.org/papers/w9106.pdf

(William Easterly e Ross Levine TROPICS, GERMS, AND CROPS: HOW ENDOWMENTS INFLUENCE ECONOMIC DEVELOPMENT)

12. “Numa série muito engenhosa de experimentos, Leda Cosmides e John Toby, da Universidade da Califórnia, mostraram que o animal humano é programado pela evolução para detectar injustiça. Confiança (trust) e detecção e punição da injustiça estão no coração da sociedade, no centro da idéia de civilização”.

http://www.psych.ucsb.edu/research/cep/primer.html

13. “A revista The Economist diz:” A grande descoberta […] foi a identificação do papel da confiança (trust) como eixo central da evolução humana…”

– “ Human Evolution”- Survey,“The Economist de 24.12.2005.

14. “Outro desses experimentos fartamente documentados dá conta da seguinte situação: duas pessoas devem dividir uma soma em dinheiro (R$ 100 digamos).”

– Karl Sigmund; Ernst Fehr; Martin A Nowak; The economics of fair play; Scientific American; New York; Jan 2002.

15.“A corrupção, em qualquer sociedade, é resultado de duas coisas: escolhas individuais e normas sociais. Juntas, as duas definem o nível de corrupção de um país (não sou eu que digo, são pesquisadores de algumas das melhores instituições do mundo)”.

http://www.brookings.edu/dybdocroot/es/dynamics/papers/ross/ross.pdf

(Endogenous Transition Dynamics in Corruption: An Agent-Based Computer Model) Ross Hammond

http://www1.worldbank.org/publicsector/anticorrupt/Svensson%20Eight%20Questions%20About%20Corruption%20(JEP%20Vol%2019,%20No%203%202005).pdf

(Eight Questions about Corruption JAKOB SVENSSON)

16.“ Em 1996, uma pesquisa perguntou o seguinte a pessoas de vários países (em suas línguas nativas):”.. de modo geral, você acha que em seu país, a maioria das pessoas é confiável?”. A diversidade das respostas foi impressionante. Os países em que a confiança é mais arraigada são Noruega (65%) e Suécia (60%). No Peru, 5%, e no Brasil (o lanterninha absoluto), 3%”.

– Values – Shape Human Progress (New York Basic Books)

http://www.iht.com/articles/2001/03/01/edharr.t.php

(To modernize some have to change their culture)

17. “Junte tudo isso e veja nossa posição no índice de inovação do INSEAD- o Global Innovation Index (GII)-um modelo que indica o grau no qual um país está respondendo aos desafios da inovação . O Brasil está em 40. lugar entre 106 países. Você pode não achar tão ruim, mas é; todo mundo que interessa está melhor que nós”.

www.worldbusinesslive.com/article/610009/global-innovation-i

18. “Eu ia falar mais das simulações em computador que corroboram essas conclusões – (os caras modelaram a corrupção, é mole?). Elas estão entre as aplicações mais bacanas da técnica científica nas últimas décadas”.

– Robert Axelrod. The Evolution of Cooperation. Basic Books, 1984.

Axelrod The Evolution of Cooperation

-William Poudstone. Prisoners Dilemma – John Von Neumann, Game Theory and the Puzzle of the Bomb. Anchor Books, 1992.

http://www.mises.org/journals/rae/pdf/rae1_1_13.pdf

http://www.abc.net.au/science/slab/tittat/story.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/The_Evolution_of_Cooperation

http://www.sciencenews.org/pages/sn_arch/11_23_96/bob1.htm

http://www.brookings.edu/es/dynamics/sugarscape/default.htm

http://netrunners.mur.csu.edu.au/~osprey/prisoner.html

http://www.princeton.edu/~mdaniels/PD/PD.html

– Para entender a dinâmica das interações “soma zero/não zero” ver meu artigo “Tudo está em jogo” que saiu na revista Superinterssante, de abril de 2002, disponível AQUI.

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