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Padrão em desfecho para o PACIENTE

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Um homem (“X”) tem um tumor de próstata. Seu médico lhe indica três clínicas ótimas para a prostatectomia. Mas X é engenheiro (como eu) e não desiste nunca. Ele pesquisa e descobre que realmente as taxas de sobrevivência nas 3 para condições médicas como a sua (feito o ajuste do risco, portanto) são idênticas. 95% dos pacientes das 3 estão vivos após 5 anos.

Mas X é chatinho (como eu) e pesquisa outros desfechos que lhe interessam: em quanto tempo pacientes de cada clínica passaram a urinar sem dor? Sua incontinência urinária despareceu em quanto tempo? Recuperaram a ereção? Em quanto tempo? Foi aí que ele descobriu que a clínica Martini (alemã) era a melhor.

Se medíssemos e divulgássemos os “DESFECHOS” que contam para pacientes, a qualidade melhoraria e custos cairiam em todo o setor de saúde.

As três clínicas (duas alemãs e uma sueca) concordaram em usar um mesmo PADRÃO para medir e divulgar seus DESFECHOS. Repito, o PADRÃO É PARA O DESFECHO, nunca, jamais , em tempo algum, é para a prática clínica.

Postei isso num fórum privado do qual participo onde praticamente só tem médicos. Tive que fazer isso porque acharam que no post anterior eu defendi o uso de padrão na prática médica (cruzes!), mas o que defendo é padrão em desfecho para o paciente. Acho que os convenci. Às vezes tem que desenhar, né?

 

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