Em cada momento da história de qualquer sistema que evolua, há limitações para as mudanças que podem ocorrer no momento seguinte. Os limites do que é possível se expandem à medida que você os explora, mas tem que ser passo a passo-a inovação tem que estar dentro do contorno que define os “adjacentes possíveis”.
Por exemplo: entrechoques entre espécies químicas existentes há 5 bilhões de anos na Terra, produziram o DNA que, por sua vez, fez explodir possibilidades para mais inovações biológicas. Criar direto um mosquito ou uma orquídea seria “inteligente demais”; não funcionaria.
O protocolo HTML que viabilizou a Internet, explorou a ideia de um espaço de textos conectados um click por vez. Funcionou. Um certo Projeto Xanadu que tinha a mesma finalidade e era muito mais “inteligente”, exigia cinco passos sequenciados. Fracassou.
Em um dado momento – na ciência e na tecnologia, mas talvez também na cultura e na política – apenas determinados tipos de “próximos passos” são viáveis.
A história do progresso é , quase sem exceção, a história de uma porta que leva a uma outra porta, a outra… ; o palácio é explorando uma sala de cada vez.
Esta noção é central para quem quer olhar para o futuro. Podemos antever uma série de coisas, mas o caminho tem q ser passo a passo.
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