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O trabalho de um prestador deve ser avaliado pelo desfecho

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Operadoras de saúde e prestadores querem usar tecnologia em consultas médicas à distância (telemedicina), mas os conselhos de medicina dizem que não pode. Suas normas proíbem.
Na visão de um engenheiro (eu), é uma discussão pré-medieval. Pré-histórica, na verdade.
Não dá para entender o tempo e energia gastos com um “não tema” como este (talvez dê, mas deixa pra lá).
Parece que os conselhos acham que o trabalho de um médico deve ser avaliado pelo que ele FAZ: se segue ou não certas normas/protocolos/processos.
Se é isso, está errado.
O trabalho de um prestador de serviço deve ser avaliado pelo efeito que gera em quem recebe o serviço; ou seja
pelo DESFECHO da ação do prestador.
Não aceitar isso, equivale a não aceitar que o usuário (e não o prestador!) deve ser o centro do sistema.
Não conheço bem os conselhos, mas se querem realmente preservar a dignidade da profissão, deveriam estar na linha de frente de iniciativas para a medição de desfechos que importam para usuários, algo que tornaria a prática médica muito mais saudável, digamos.
Isso tudo me remete ao general Patton na segunda guerra, lembrando a seus comandados o verdadeiro motivo para estarem ali. A linguagem dele não era a mais polida, mas às vezes é necessário mais que um puxãozinho de orelha para que se caia na real.

 

 

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