O que estamos vendo em saúde, já aconteceu em outros setores.

Ninguém me perguntou, se tivesse perguntado eu diria que hospitais deixarão de ser bom negócio em pouco tempo (5 anos?). As forças da desconstrução estão em curso, e a principal é a tendência da figura: inovação ocorre descentralizando o que antes era centralizado, e depois fazendo o contrário. Basta que haja competição por valor que isso ocorre, e são novas tecnologias que habilitam esse processo.

Geração de eletricidade, p.ex, era descentralizada; centralizou em grandes usinas, e pode descentralizar de novo (via pilhas de hidrogênio). Computador ficava num prédio, hoje está na sua mão, depois de passar para sua mesa de trabalho. Você não precisa mais ir “lá”. Táxi, supermercado, escola, vêm até você. Tudo vem.

A saúde irá até você e o business “hospital” (que pouco tem a ver com saúde) mudará. Hospitais – que são o que são desde o século 18!!! – mudarão quando houver competição por valor, pois o que força essa dinâmica é um cliente que pode avaliar opções e escolher.

“Briguinhas de namorados” entre operadoras e hospitais acabarão. Só não ocorreu ainda porque os “namorados” mantêm a informação aprisionada em caixas pretas para se autopreservarem. Não falta tecnologia! É que o usuário não tem informação para escolher, portanto, descentralização não ocorre e não existe inovação em saúde.