Inovar é sempre anti-natural

Em qualquer empresa, inovação conflita com a operação do dia-a-dia. Inovar é sempre anti-natural porque o que chamamos de “operação do dia-a-dia” embute tudo o q ela aprendeu a fazer bem ao longo de sua existência. É uma coisa previsível, confiável.

Mas o “direito de existir” que a empresa adquire por operar bem nunca é vitalício. Para estender seu prazo de validade, ela tem que inovar, ou seja, tem que desafiar a moldura definida por aquilo que ela sabe fazer melhor.

A contradição é esta: se foi por tocar bem o dia-a-dia que a empresa conquistou seu direito de existir, qual a chance de mudar espontaneamente aquilo que faz melhor? Inovação tem mais riscos; é experimental e aberta. Só acontece se houver líderes que banquem o risco de dar errado. Liderança é o tema mais central da gestão.

Inovação só acontece por meio de times. Só emerge a partir de aprendizado coletivo. O ambiente da empresa é que facilitará ou impedirá a inovação, não este ou aquele gênio individual.

As pessoas numa organização só começam a tratar produtivamente de “dia-a-dia versus Inovação” se aprendem juntas. Só quando desenvolvem conhecimento prático novo em sintonia umas com as outras, do contrário entrarão em modo reativo, ficarão na defensiva por se sentirem ameaçadas. Liderança é a chave.