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A informação torna o mundo plano

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A informação fez o mundo ficar plano para o Walmart. Eles faturaram US$487 bi ano passado (dólares!).

Figurativamente foi assim:

Todo dia “o gerente geral” do Walmart global dava uma olhada no caixa e via que tinha entrado mais 1 bi e trezentos milhões de US$ (todo dia, minha gente!). O que está por trás disso? Lojas? Mercadorias? Caminhões? Galpões? Nada disso. O que está por trás é um balé informacional.

Thomas Friedmann relata em “O mundo é plano”:

“Eu nunca tinha visto uma cadeia de fornecimento em ação até visitar a sede do Wal Mart em Bettonville, Arkansas.
Meus anfitriões me ciceronearam pelo centro de distribuição de 110 mil metros quadrados e, de um ponto de observação elevado, paramos para assistir à cena. De um lado, um sem número de caminhões brancos do WM descarregavam caixas de mercadorias de milhares de fornecedores diferentes. Caixas de todos os tamanhos eram depositadas em esteiras rolantes em cada ponto de carregamento e as esteiras menores desembocavam todas noutra maior. Pequenos afluentes de um grande rio. 24 horas por dia, sete dias por semana, os caminhões dos fornecedores abastecem os 20 Kilômetros de esteiras secundárias, que, por sua vez alimentam o grande rio principal de caixas cheias de produtos.
Mas isso é só metade do espetáculo. Enquanto o rio do Wal Mart corre, uma célula elétrica lê os códigos de barra de todas as caixas, uma-a-uma. Chegando ao outro extremo do prédio, o volumoso caudal volta a dividir-se em uma centena de regatos, nos quais braços elétricos separam as caixas conforme as lojas de destino, e conduzem cada uma para sua respectiva esteira rolante; esta transportará aqueles produtos até o caminhão que os espera para levá-los para as prateleiras de um WM em algum pontos dos EUA. Lá, um cliente vai pegar um desses produtos e levá-lo para o caixa onde seu código de barras será lido por uma leitora ótica; neste exato momento será gerado um sinal que vai atravessar toda a rede do Wal Mart e chegará ao fornecedor daquele artigo – quer ele se localize no Maine ou no litoral da China. O sinal vai piscar na tela do computador do fornecedor, dizendo-lhe que fabrique outro item daqueles e o envie pela cadeia de fornecimento, reiniciando todo o processo outra vez.
Assim, basta o cliente tirar o produto de uma loja do WM e passá-lo pelo caixa, para que outro braço mecânico começar a fabricar seu substituto em algum lugar do mundo. É uma verdadeira sinfonia Wal Mart em vários movimentos – só que sem um grand finale. A sinfonia vai se repetindo, repetindo, repetindo, 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano: entrega, seleção, embalagem, distribuição, compra, fabricação, novo pedido, entrega, seleção, embalagem…”

Cito este exemplo como ilustração do que vai ocorrer em assistência médica em meu livro Inovação em Saúde.

 

 

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