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Sejamos realistas: o sistema de saúde quebrou. Ou: do que trata meu livro sobre inovação em saúde.

saude

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Um sistema que gasta cada vez mais para não sair do lugar é indefensável. Vamos esquecer a polarização “público X privado”. Esta não é a maneira certa de enquadrar a questão. Ambos os sistemas são disfuncionais.

A maneira certa é partir de usuários com necessidades a satisfazer. Todo o resto tem de ser consequência disso. Este é o fundamento. Jamais houve inovação em qualquer setor que não partisse disso.

O sistema é ruim porque o usuário é apenas um detalhe no emaranhado de conflitos que produzem o que (erradamente) se denomina “sistema de saúde”. Não temos sistema algum, temos uma multiplicidade de fragmentos sem unicidade. Por isso, é caro e disfuncional – não resolve problemas de usuários de forma, consistente, cômoda e a um preço pagável.

Quase semanalmente acontece um fórum em algum lugar para discutir aspectos da enorme crise no assim chamado sistema de saúde brasileiro. Discute-se muito, sugere-se muito, produzem-se recomendações, fazem-se relatórios, mas, como os participantes representam uma ampla variedade de partes interessadas (e cada qual defende um ponto de vista), nada acontece.

A complexidade do ecossistema da saúde impede que haja uma linguagem comum na qual os atores do sistema possam dialogar; assim, sobra só falatório.

O livro sai da discussão e vai para a prática. Ele parte de um fato científico que é o seguinte: um sistema complexo (como é o sistema de saúde) só aprende (e muda!) por experimentação gerenciada. Sistemas assim (como explico no livro) não tem solução técnica, só gerencial. É impossível chegar-se a boas soluções a partir de intervenções isoladas ou pontuais. Não adianta mexer só no sistema de remuneração – o famigerado fee for service – ou fixar tempo mínimo para consulta, ou tentar abaixar o número de partos por cesárea por decreto, ou condenar a perda do espirito humanista da medicina, ou a lógica dos grandes grupos hospitalares, ou das operadoras, ou fixar limites de reajustes…

As recomendações a que o livro chega não são consequência de postulados ideológicos, surgem pragmaticamente a partir da observação do que funciona no mundo real. Surgem inspiradas por problemas análogos que já foram resolvidos. Emergem das abordagens da disciplina da inovação sistemática – que é essencialmente um arcabouço de solução de problemas – aplicadas em conjunto com a nova ciência da complexidade.

O pré-requisito para a solução é que existam lideranças informadas, capazes de entender a natureza do problema com o qual estamos lidando, e só então propor as soluções.

Parafraseando Einstein, se temos uma hora para salvar o “sistema”, vamos investir cinquenta e nove minutos enquadrando o problema, e a solução aparece quase automaticamente no minuto final. O livro faz isso.

Apresentar a essência do conhecimento que leva ao entendimento correto do verdadeiro problema do sistema de saúde, e especificar as soluções a partir dele, é a missão a que ele se propõe.

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