Ferramenta INNOVATRIX explica os problemas da SONY
Qual tem sido a maneira mais básica de pensarmos uma empresa? Resposta: por meio dos produtos ou serviços que oferece, e dos mercados em que atua.
A FORD vendia “modelos T” (seu carro campeão); a GM a desbancou oferecendo outra coisa… O quê? Continue lendo…
Empresas podem buscar crescimento em seus mercados atuais ou novos, oferecendo produtos que já oferecem ou produtos novos. Veja a figura:
Innovatrix diz que não devemos pensar em ternos de produtos e serviços oferecidos a mercados, mas em termos de JOBS que segmentos de clientes querem que sejam realizados (já veremos isso).
Com a SONY foi assim:
Fundada em 1946 a empresa tornou-se uma potencia global introduzindo uma série de produtos – o radio transistorizado, a primeira fita cassete, o gravador, a TV Trinitron, o CD, o Mini Disc… A empresa focava no quadrante 1, aperfeiçoando produtos e oferecendo-os a um mercado japonês que crescia. A medida que aperfeiçoava ia também introduzindo novos produtos (do gravador cassete em 1950 para os rádios transistorizados em 1955) para a mesma base de clientes. Ou seja, movia-se para o quadrante 2.
Em 1960, a SONY foi para os EUA movendo-se para o quadrante 3. Até aí, sempre oferecendo produtos físicos (hardware).
Em 1988 a empresa tomou a decisão de entrar no mercado de entretenimento e conteúdo. Comprou a CBS Records e, em seguida, a Columbia Pictures.
A maneira de ganhar dinheiro em produtos e conteúdo, é totalmente diferente, e essa mistureba de modelos não funcionou, culminando com os atuais problemas da empresa. Veja meu post AQUI para entender.
INNOVATRIX não considera produtos e mercados. Considera JOBS e Clientes que queiram realiza-los. Produtos mudam, JOBs não (veja minha explicação AQUI).
INNOVATRIX trabalha usando a matriz abaixo:
Reveja a figura que abre este post. A GM bateu a FORD nos anos 20 porque focou em JOBS enquanto a FORD ficava presa a seu produto.
Outra coisa: se a SONY tivesse usado as ferramentas INNOVATRIX teria concluído que os caminhos menos arriscados para qualquer empresa inovar são os quadrantes 1, 2 e 3. Os possíveis adjacentes de empresas já estabelecidas são sempre esses quadrantes.
O quadrante 4 é o que tem mais riscos, e deve sempre ser olhado de uma maneira especial porque ,de certa forma representa um salto,em relação ao que a empresa sabe fazer. Criatividade nunca ocorre por saltos, ocorre gradualmente por exploração e aprendizado. Ocorre em possíveis adjacentes.
Geralmente, e por isso, esse tipo de inovação pede uma estrutura independente, separada do dia-a-dia da empresa.