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Falta pragmatismo em saúde

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Médicos, quando estão na pele de gestores, antes de FAZER, tendem a discutir, discutir, discutir. Se engenheiros agissem assim, ainda estaríamos debatendo como seria a “ponte perfeita” ou o “duto ideal”, e não conseguiríamos atravessar o rio, nem teríamos água potável em casa.

Postei num grupo que tem muitos médicos, um artigo sobre um experimento com 2 pacientes com dor lombar. Ambos funcionários do Wal Mart em situações comparáveis. Um seguiu a rota normal do plano de saúde; o outro entrou num programa de cuidado coordenado. O desfecho foi melhor e os custos menores para o segundo. O valor para ele e para o Wal Mart, idem; ótimo exemplo de assistência com base em valor.

Não é que quase me puxam para debater a natureza da dor lombar?! “Primeiro é preciso definir dor lombar”. Não dá! Físicos (eu!) e engenheiros (eu também!) fazem protótipos para aprender.

O espírito da coisa é o seguinte: a “forma ideal” não vem de entendimento perfeito, vem da falha. Na indústria da aviação, toda vez que um avião cai, a probabilidade de uma nova queda diminui. Os cavernosos conceitos da Física Quântica são ininteligíveis, mas sabemos usá-la para fins práticos-vem aí o computador quântico!

E nós, em saúde, querendo complicar o simplicíssimo conceito de Value Based Health Care.

 

 

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